Por Bianca Ben, 09/06/2024

A transparência é um valor amplamente desejado no nosso dia a dia. São inúmeras as publicações em redes sociais de profissionais renomados repletos de seguidores que falam sobre a importância de se ter transparência – na comunicação, nos sentimentos, na vida como um todo. As pessoas frequentemente exigem clareza e honestidade umas das outras, especialmente de figuras públicas, empresas e instituições. No entanto, quando se trata de aplicar esse mesmo princípio a si mesmas, a prática muitas vezes diverge do discurso. Nesse mesmo mundo das redes sociais onde interações digitais predominam, é comum as pessoas utilizarem “máscaras sociais” para se apresentarem de maneiras que consideram mais aceitáveis ou favoráveis.

Essas máscaras são escudos que escondem suas verdadeiras emoções, intenções e vulnerabilidades. A pressão para parecer perfeito ou forte pode levar muitos a camuflarem suas fraquezas, preferindo mostrar apenas aspectos idealizados de suas vidas. Este comportamento cria uma dissonância (gigantesca) entre a imagem projetada e a realidade interna, comprometendo a verdadeira transparência…

Além disso, é comum ver indivíduos adotando uma postura de vítima, culpando os outros por suas dificuldades e desafios. Fazem tudo para evitar a responsabilidade por suas ações e escolhas. Ao colocar a culpa “externamente”, mantêm uma narrativa que justifica suas falhas e protege seu ego. No entanto, essa postura impacta seu crescimento pessoal, sua autêntica conexão com outras pessoas e modela um caráter no mínimo duvidoso. Afinal, quem quer se relacionar com uma máscara? Ninguém, né? Então porquê as criamos?

A verdadeira transparência exige coragem e autoconhecimento. É um compromisso com a honestidade consigo mesmo e com os outros, mesmo quando isso significa mostrar imperfeições e admitir erros. Sejamos mais transparentes… urgentemente.